Querido M.,
É grande a saudade no meu peito de tudo que se foi.
Você era magrelo, punk, e escrevia fanzine. Eu era magrela (!!!), sensível e escrevia poesia.
Nós passávamos as noites de sábado cantando em volta da fogueira e os finais de ano acampados no meio da praia deserta.
Com você, M., eu vi golfinhos!
Foi também você quem me mostrou o caminho do mais profundo amor que pode existir no mundo. Aquele que só se deve dar a nós mesmos.
Quantas aventuras nós vivemos e o quanto de chuva eu tomei a bordo do seu fusca marrom!
Quantas vezes fui a única na pláteia enquanto sua banda de hardcore tocava num palco improvisado.
Sabe, M., eu te apresentei ao Chico Buarque...
Nós tínhamos um mundo!!!
E o que sobrou de nós?
Eu bem mais punk, é certo. E você muito, mas muito mais mpb..............................
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